Catálogo | Catálogos

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Almada por contar

Sara Afonso Ferreira; Sílvia Laureano Costa; Simão Palmeirim Costa

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Ano: 2013   Desc. Física: 182 p.; 25,5 cm

ISBN: 9789725654965

Colecção: Catálogos

Descrição:

Catálogo da mostra patente na Biblioteca Nacional de Portugal (BNP), entre 27 de junho e 5 de outubro de 2013, que assinala os 120 anos do nascimento de Almada Negreiros (1893-1970). Permite conhecer um espólio heterogéneo, disperso e largamente desconhecido, atualmente alvo de recolha, inventariação e digitalização no âmbito do projeto Modernismo online. Nele constam fotografias de inúmeras peças provenientes de três coleções de referência (parceiras do projeto): a dos herdeiros de Almada Negreiros, a da BNP e a do Centro de Arte Moderna da Fundação Calouste Gulbenkian, bem como transcrições de diversos textos de Almada Negreiros, alguns dos quais inéditos. A sua organização é cronológica e pretende, mais do que traçar uma visão diacrónica do percurso artístico de Almada, revelar a Unidade de uma criação múltipla (ainda desconhecida). Acrescem os textos enquadradores de diversos especialistas da obra de Almada Negreiros, designadamente, Fernando Cabral Martins, Sara Afonso Ferreira, Sílvia Laureano Costa, Simão Palmeirim Costa, Ana Maria Freitas e Manuela Parreira da Silva.

Através dele percorremos os momentos marcantes da vida e da obra de Almada: a sua produção inicial como caricaturista; a sua ação de vanguarda no contexto de Orpheu e de Portugal Futurista; a sua incursão no universo da dança; a sua passagem por Paris (1919-1920) e o nascimento de uma Ingenuidade poética (mas também gráfica); a redação de Nome de Guerra; a sua colaboração na Contemporânea e n’O Sempre Fixe; a sua almada_ansa-l-10-capaestada em Madrid (1927-1932); a génese da peça Deseja-se Mulher e da revista Sudoeste; as suas intervenções plásticas na arquitetura lisboeta; a encenação de Auto da Alma; e finalmente a execução, para a Fundação Calouste Gulbenkian, do painel Começar.

O catálogo permite ainda evidenciar a transversalidade das várias facetas da obra de Almada ao longo do tempo. Sublinha-se a profunda comunhão entre o desenhador e o escritor, evidenciando obras representativas de cada uma destas facetas, ou de ambas simultaneamente, destacando-se o livro almadiano, objeto complexo por ser ao mesmo tempo obra de pintor e de poeta. Sublinha-se ainda a desmultiplicação que Almada faz do seu interesse (duradouro) pela Geometria, enquanto ramo da Matemática ligado à importância do número, como elemento formal da sua obra plástica mais tardia, e enquanto fundamento de novas considerações para a história de arte portuguesa. E revela-se, enfim, a importância do performer que Almada foi, Homem de Teatro em absoluto, protagonista da sua vida-obra.

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